quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Que um dia, que a noite venha

Eclipse Solar, 1999
A vida inteira vivemos de música
A músca que surge de madrugada
Para ninguem ver e nem ouvir
A lua lá em cima
E as figuras aqui em baixo com sua realidade criada
Forjada pelos que de aquém conseguem enxergar
Quiça a lua possa chegar para dela poder contemplar
O que de mais belo e sincero existe aqui em baixo
O que minora as caracteriticas criadas e sobrepõe as transbordadas
O que vem e dentro de dentro não pode ser visto
Ó lua, que está ai em cima de onde tudo pode ser visto
De onde a beleza original tem sua visão mais completa
Deixe-me ir ao teu encontro
Saiba de mim que sou simples
Figura humana aqui a vagar a espera da luz
Que da minha existencia venha mostrar
Quão pequena e insignificante é minha vã filosofia
Que um dia, que a noite venha
Possa ai chegar e desvendar o que por aqui procuro
Será o amor?
Que seja o transbordado e não o criado
Porque o que provém de criação não é puro imaculado
Mas jás manchado pela insegurança e egoismo
Seja eu liberto do que vejo
Dó, ré, mi, fá, sol, lá , sí pela madrugada

Pequeno relato do que sinto diante das visões deste mundo cá em baixo...
Um pouco do que me passa quando olho para as pessoas, para o cotidiano...
Uma visão romanceada de um "recorte do mundo", uma interpretação.
Oferecida e inspirada em minha querida...
Bejus, Elen amu-te, que um dia, que a noite venha.