terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Três vezes

Como tudo vai acabar.


Will Prynce

Os olhos nunca revelaram um sentimento tão inocente. Perdíamos a noção que delimita a espessa linha entre a razão e a ilusão.

 

A força do estrondo provocado pelas vibrações do complexo e sensato som provocado por tudo isso.

 

Uma irmandade, uma explosão de sentimentos bem definidos na pluralidade sem fim da escura nuvem de fumaça que emana na aura. Sofás velhos. Sem medo das possibilidades jogadas pelos dados vermelhos e amarelos.

 

Temendo apenas o acaso da distância. A falta deste sentimento coletivo. Da sinceridade contida nas palavras vindas de um para o outro. Um registro simples. Entre emissor e receptor.

 

Papeis que se confundem na imensidão de tudo que foi demonstrado ali sem pudor.

 

Dias que jamais serão explicados assim. Nas escuras noites de distância, serão as chaves da alegre lembrança nostálgica. Irmandade contra a sanidade opressora das cifras. Crises jamais existem neste contexto.

 

Três vezes eu digo. Nunca isso nos fez tão distraídos. Um dia eu conseguirei explicar da maneira precisa. Hoje vejo, sinto, digo e me atrevo a escrever. Esta expressão arida será plena.

 

Três vezes nú, cego e sem dinheiro. Três horas no limite. Três dias na escuridão. Três vidas em vão. Três segundos de existência real, verdadeira.

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J.D.A. - 15 • 12 • 08 - 20h26
Na janela olhando para o lixo e para a imperfeita pitangueira. O verde alegre. A batida.