sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Kafka, a metamorfose da literatura

Franz Kafka

"Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso." - Inicio do primeiro capítulo de "A Metamorfose", de Franz Kafka.
Ontem, quinta, 27 de setembro, tive meu primeiro contato com um dos maiores escritores do século XX. Embora tardio, este encontro para mim foi bastante peculiar. Já havia muito ouvido falar de Franz Kafka (1883-1924). Este escritor extremamnete descritivo, me vez viajar por alguns momentos por suas palavras, sobretudo sua biografia me chamou a atenção.
Ainda no interior do Sebo Leitura, na Marechal Deodoro, próximo a praça Carlos Gomes, no centro de Curitiba, eu estava sem pretenção nenhuma de comprar algo. Olhado os CDs e vinis, algo me pertubou, por ver tantos livros ali. Não que seja anormal ver livros em um sebo, algo até mesmo redundante de minha parte. Mas fui acometido por uma vontade de enfim comprar um deles, levá-lo para casa, qualquer um que fosse. Pouco me importava o título.
A muito meu colega e amigo de faculdade, e de outras sircunstâncias também, Rodrigo Pinto, já me dizia e convencia da grandeza de uma das obras de Kafka, "A Metamorfose". Algumas vezes já haviamos visto edições de bolso desta obra, porém nenhuma delas me havia cometido a vontade de compra-lo ou mesmo lê-lo. Negligênica. Depois de iniciar a leitura vi o quão tolo havia sido quanto as considerações sobre esta obra.
Enfim, perguntei a uma das atendentes, se por acaso um exemplar de "A Metamorfose" estaria disponivel em seu estoque (ou acervo?). Ela me respondeu afirmativamente. Me levou a seção de "Literatura Universal", algo um tanto exagerado, mas tudo bem não me dou com formas de classificação e legenda, mas isso agora não importa muito.
Eu nem mesmo sabia que o primeiro nome de Kafka era Franz, suspeitei ao ver a atendente procurá-lo na seção "F". Emfim encontrou, dois exemplares, a primeira, uma edição de 1975, e a segunda de 2006. O primeiro custando R$ 2,00 (relamente estava bem gasto), logo o segundo, fato que até me surpreendeu, estava em otimas condições, parecia mesmo que nunca havia sido sequer lido, as páginas estavam simetricamente ondenadas como se acaba-se de tirá-lo da embalagem. Custando R$ 8,00, decidi imediatamente. Me dirigi ao caixa e consumei a compra.
Uma curiosidade esponatanea me sobreveio, algo que antes não sentia quanto a esta obra e autor. Ainda dentro da loja havia folhado o livro, e vi algumas coisas, na biografia de Kafka que me chamaram a atenção. Algo estranho de certa forma, o interesse tocou o autor e não necessariamente a obra.
Atravessei a praça Carlos Gomes, para encontrar um amigo. Alceu, mas inicialmente pouco conversamos, eu me detinha na leitura da apresentação, nota do tradutor e voltava mais uma vez a biografia de Kafka. Emfim a tarde cheguei em casa.
Passei, além de outros afazeres, a ler o livro, não me cansei, afinal a riqueza de detelahes apresentada inicialmente me fez viajar para o pequeno e claustrofóbico universo de Gregor Samsa. Sua metamorfose, seus conflitos matinais com o trabalho e família. Seus questionamenstos solitários e sua subrodinação, indesejada mas inicialmente aceita.
Todas estas questões me fizeram uma angustiante indagação. A metáfora da vida de Gregor, o que ela quer me dizer? Porque, este pequeno livro é cultuado e possui uma volumosa crítica a seu respeito?
Fui até a internet, descobri inumeras análises deste livro e até que ponto ele é uma relato sobre o próprio universo do solitário Kafka. Estas questões sinto em dizer aos que ainda não leram, não poderei desvendar assim, aqui e agora, pois ainda não finalizei minha leitura. E acredito que mesmo tendo-a terminado, dadas as situações levantadas pela obra e sua complexibilidade, não poderei respondelas.
Acredito que isso é o grande "barato" desta narrativa, se não for, não sei, descobrirei. Findo aqui, "sem mais delongas" (frase plagiada de Rodrigo), dizendo o fascinio que em poucas horas me causou Kafka, e tenho certeza, minha obseção por sua biografia aliada a sua obra me darão algumas importantes respostas sobte este escritor, mesmo tendo eu merito nenhum para ousar querer desvenda-lo, mas acredito que esta ancia inicial me traz esperança.
A literatura é, sobretudo a narrativa, a grande maneira descobrirmos os grandes mistérios. Seja pela interpretação do autor, seja pela sua "viajem" paralela a esta interpretação.
Espero logo, aqui neste espaço poder apresentar minhas conclusões. E quanto a Kafka, leia, e comprenderá isto que digo. Defini-la assim inicialmente, sua obra, que posso dizer, anacrônica seria o adjetivo.
Quem foi Kafka: Escritor tcheco, nascido na cidade de Praga, em 1883, quando esta ainda pertencia ao império Austro-Hungaro. Judeu, que falava e escrevia em alemão. Ecreveu várias obras, entre elas "A Metamorfose" e "O Veredicto" (1912). Embora, em 1915 tenha recebido, por sua obra o prêmio de literatura alemã, não recebeu seu devido reconhecimento em vida. Morreu em 1924, no sanatório Hoffmann, em Kierling, foi enterrado em Praga. Solitário, nunca se casou, apesar de quatro noivados. Permanecia por muito tempo só, timido, assim escreveu suas obras e se tornou um dos maiores escritores do século XX.
N.A.: A edição de "A Metamorfose" que leio é a da editora L&PM Editores, feita em 2001, versão comentada pelo tradutor Marcelo Backes, edição de 2006. Vem juntamente com esta obra inicial uma segunda obra de Kafka, "O Veredicto".

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Que um dia, que a noite venha

Eclipse Solar, 1999
A vida inteira vivemos de música
A músca que surge de madrugada
Para ninguem ver e nem ouvir
A lua lá em cima
E as figuras aqui em baixo com sua realidade criada
Forjada pelos que de aquém conseguem enxergar
Quiça a lua possa chegar para dela poder contemplar
O que de mais belo e sincero existe aqui em baixo
O que minora as caracteriticas criadas e sobrepõe as transbordadas
O que vem e dentro de dentro não pode ser visto
Ó lua, que está ai em cima de onde tudo pode ser visto
De onde a beleza original tem sua visão mais completa
Deixe-me ir ao teu encontro
Saiba de mim que sou simples
Figura humana aqui a vagar a espera da luz
Que da minha existencia venha mostrar
Quão pequena e insignificante é minha vã filosofia
Que um dia, que a noite venha
Possa ai chegar e desvendar o que por aqui procuro
Será o amor?
Que seja o transbordado e não o criado
Porque o que provém de criação não é puro imaculado
Mas jás manchado pela insegurança e egoismo
Seja eu liberto do que vejo
Dó, ré, mi, fá, sol, lá , sí pela madrugada

Pequeno relato do que sinto diante das visões deste mundo cá em baixo...
Um pouco do que me passa quando olho para as pessoas, para o cotidiano...
Uma visão romanceada de um "recorte do mundo", uma interpretação.
Oferecida e inspirada em minha querida...
Bejus, Elen amu-te, que um dia, que a noite venha.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Ensaio. Fotografia, filosofia e nosso "admirável mundo novo"

O que a fotografia tem a ver com o mito da caverna de Platão? Filosofia e fotografia tem alguma relação? A fotografia constituiu uma revolução no imaginário humano?

Nossa! Quantas perguntas. Muitas pessoas reconhecem estas questões, mas poucas as estudaram e conceiturara tão perfeitamente como a grande teórica da fotografia Susan Sontag e o filosofo contemporâneo Vilém Flusser.
No texto de Susan, "Na caverna de Platão" a fotografia é dissecada. Nele, ela mostra como a fotografia invadiu e modificou o imaginário humano. Assim como no Mito de PLatão, esta nova "arte" (coiceito que Susan trás neste mesmo texto), provocou o homem uma nova maneira de lidar com os acontecimentos de sua vida.
"Algo digno de se ver, portanto algo digno de se fotografar", esta frase resume o lugar ocupado pela fotografia em nossa sociedade positivista. Mas isto se deu pela evolução tecnológica, que com ela trouxe o ofício do fotógrafo assim como a popularização da fotografia pelas câmeras portateis. Este ponto é também abordado no segundo capítulo do livro "A filosofia da Caixa Preta" de Flusser. Neste, o autor retoma desde a evolução da "imagem tradicional" (pintura, desenho em geral) para a escrita, e assim para a "imagem técnica" (fotografia e video).
Ambos concordam quando dizem que o homem se tornou um "idólatra" das imagens. Que vem nela não uma representação do mundo, mas sim uma janela que remete diretamente ao mundo, ou pior, por vezes o próprio mundo.
Susan coloca de maneira bem evidente a violação feita pelo ato de fotografar. Como este ato rouba dos iundividuos sua contextualização e os transforma em recortes. Mas, resalta muito bem como este fato torna a fotografia mais marcante que o vídeo, e critica este como sendo um conjunto de vários quadros onde o seguinte anula o último. Neste assunto ainda leva este fator de memorização forte proporcionada pela fotografia como o responsável pela "banalização" de determinados assuntos fotografados, ainda remetendo a condição de constante evolução do imagético humano ante a imagen fotografada. "Fotos chocam na proporção que mostram algo novo". Frase de Susan.
Por adiquirirem uma status de "recorte do real" as fotografias ganharam grande valor como testemunhas de eventos. Ai seu caráter informacional. Ganhou o campo da burocracia (fotos de documentos pessoais), da meteorologia, da arqueologia, da informação e da comunicação, neste último com maior eloquência.
Flusser coloca em seu livro que a função da imagens técnicas (em maior instância a fotografia) seria simplesmente mediar a relação de homem e sociedade, seria trazer a um denominador comum entre informações. Declara que no mundo existem três correntes de imagético: conhecimento científico, exoeriencia artististica e vivencia politico/social (este ultimo termo eu mesmo adaptei para resumilo). Como nem todas as pessoas podem "caminhar" por estes tres meios, a fotografia exerceria o papel de mediadora.
Fotografar viagens, festas de familia, eventos publicos, enfim tudo no mundo. Assim o homem encontou uma nova forma de orientar-se e documentar seu "adimirável mundo novo". Como Flusser coloca sabiamente "O carater mágico das imagens é fundamental para conpreensão de suas mensagens". Susan por sua diz que "Hoje, tudo existe para terminar numa foto".
Rever os conceitos sobre a função da fotografia é importante, não que seja proibido fotografar o que se bem quiser, mas apenas para lançarmos um novo olhar sobre o que este bem, precioso e por vezes banal, influencia e nossa vida e na vida de nossa sociedade.


N.A. - Eu particularmente sou fã do Flusser, de Susan, não conheço muito para me posicionar, mas pelo pouco que ja vi achei ela muito consisa e carrega conceitos inportantissimos.
Para conhecer melhor estes autores e em especial estes assuntos, você pode ler o texto de Susan Sontag "Na caverna de Platão" e o livro de Flusser "A filosofia da Caixa Preta" (obra prima da filosofia da fotografia, reeditado varias vezes ao redor do mundo), principalmente os capítuos um e dois.
Espero que tenham gostado de minha pequena análise.
Vida longa a fotografia... (acho mesmo que ela nunca vai acabar)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Tropa de Elite. Policia e ladrão nas telas do cinema

Filme mostra as operações da Policia Militar contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro.


Policias corruptos, tráfico de drogas, bandidos no morro, guerra particular e a realidade brasileira. Estes são os principais temas do longa metragem “Tropa de Elite” do cineasta José Padilha, que é protagonizado por Wagner Moura (Olavo da novela Paraíso Tropical). Um assunto que “esta na moda” no Brasil, a corrupção, é desta vez pauta para o cinema. A relação de policiais BOPE (Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar) do Rio de Janeiro contra o tráfico intenso no morro é escancarada nas cenas deste filme. Algo no mínimo intrigante e controverso.
Tudo começou em 1999, quando o cineasta João Moreira Salles filmava seu documentário “Noticias de uma Guerra Particular”, teve conhecimento dos depoimentos do capitão do BOPE, Rodrigo Pimentel. Nessa época a carreira de Rodrigo iniciava seu termino na policia, devido ao desconforto causado por suas declarações, e abria as portas para seu inicio nos cinemas.
Pimentel deu o nome ao documentário através de uma frase que disse “a situação no Rio de Janeiro se tornou uma guerra particular entre policia e bandido”. Durante as gravações, Pimentel, ajudou os cineastas. Através deste conheceu José Padilha. Ai era dado seu segundo passo para dentro dos cinemas.
Padilha em 2002 dirigiu o documentário “Ônibus 174”, que conta a história do seqüestro de um ônibus lotado de passageiros por Alessandro do Nascimento, que acabou culminando na morte do seqüestrador e de uma vítima grávida. Mostra a participação infeliz do BOPE neste caso. O capitão, agora já reformado pela policia (afastado do cargo), participou como roteirista e co-produtor. Um depoimento interno da BOPE, algo que tornou o documentário mais ácido, mostrando a verdade de maneira mais completa.
Em “Tropa de Elite”, o capitão Pimentel “fez o retrato de uma polícia muito violenta e corrupta”, segundo o jornal Folha de São Paulo. Pimentel acredita que “será esclarecedor para a sociedade”, mas tem dúvidas como seus ex-companheiros de policia entenderão. Participando como roteirista, no primeiro longa metragem do cineasta José Padilha.
Não demorou muitos para o comando do BOPE demonstra sua opinião sobre as questões do filme. Um processo contra a exibição do filme foi promulgado a justiça federal. No ultimo dia 13 de setembro, este processo foi vetado. A juíza da 1º Vara Cível do Rio de Janeiro, Flávia Viveiros, fez uma declaração importante a favor do filme, disse que a história critica o "sistema" e que não é possível identificar se o "sistema" seria o BOPE, a Polícia Militar, a universidade, a sociedade, o jogo do bicho, o tráfico ou políticos.
O filme recebeu um dos investimentos mais caros do cinema brasileiro. Totalizou mais de 10 milhões de reais. Destes 1,7 milhão investido pela produtora Hollywoodiana Weinstein CO. Petrobrás e outros fundos para cinema da América Latina foram responsáveis pelos investimentos.
Mas, no Brasil, mesmo críticas contra a criminalidade, vinda do crime organizado ou da policia, sua essência não foi levada a sério. Antes do lançamento oficial do filme, programado para novembro deste ano, ele vazou pela internet. No Rio, já é vendido nos camelôs em versões piratas, (o que diremos de Cidade do Leste no Paraguai). Isso forçou os produtores e distribuidor (Paramaunt Pictures) do filme a lançarem no início de outubro (dia 12). Wagner Moura disse, em entrevista ao site globo.com, que mesmo com pirataria o filme não será prejudicado, pois foi reeditado para a versão que será exibida nos cinemas e festivais.
O filme foi lançado, em uma pequena exibição comercial, na cidade de Jundiaí, para poder concorrer ao Oscar antes do lançamento oficial. Do dia 20 de setembro ao dia 4 de outubro ele concorre no Festival de Cinema do Rio. Cannes também contou com a participação do longa.
Os atores passaram por treinamento militar. Durante esta fase do filme, o Wagner, ao ser levado ao seu limite psicológico por deu treinador, Paulo Storani, da um soco e quebra-lhe o nariz. Sobre os treinamentos e gravações o ator declarou que ‘foi tenso’.Mostra toda esta situação vivida nos bastidores da “segurança pública”, onde policiais recebem condecorações por matarem bandidos sem julgamento. Mostra que a corrupção não vem só de políticos, que roubam impunemente, mas também da pseudo justiça feita pelas próprias mãos. Estas propostas “feitas” por este filme mostram um pouco do que nós brasileiros estamos sentindo. O desejo pela verdade. A policia apenas representa o “bode expiatório”.

Rodrigo Pimentel, do BOPE para o cinema. Ex-capitão da PM, roteirista do filme "Topa de Elite".

Texto: Jadson Tinelli
Fontes: Folha de São Paulo e O Globo

sábado, 8 de setembro de 2007

Servidores da Empresa de Correios e Telégrafos apresentam indicativo de greve.

A greve será nacional e por tempo indetermi- nado.
Após negociações e nenhum acordo entre servidores e ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), trabalhadores estabelecem indicativo de greve, que pode ser deflagrada a partir do dia 12 de setembro. Na última segunda-feira (03/09), realizou-se em Curitiba uma reunião entre representantes dos trabalhadores e da ECT a exemplo de todo o Brasil. Na terça-feira (04/09), na sede da Sociedade 13 de Maio, ocorreu à assembléia entre os próprios trabalhadores para analisar as propostas feitas pela empresa.
Dentre as reivindicações dos servidores a principal é a reposição de 47,77% do salário, mas a proposta por parte da ECT foi de 3, 34%. Aumento do efetivo em função da sobrecarga de serviços também é uma das petições mais urgentes, segundo trabalhadores. “Infelizmente, se a empresa (ECT), não nos apresentar uma proposta mais justa, um meio termo que seja, dia 12 entraremos em greve por tempo ilimitado. Um aumento de 3,34% significa menos de 20 (vinte) reais para maioria dos trabalhadores, o que denota desmerecimento com nosso trabalho”, disse Santino Silva, 40 anos, servidor da área administrativa da ECT.
Outra reclamação apontada é a falta de segurança nas agências dos Correios. Devido funcionarem como agências do Banco Postal, parceria entre ECT e Banco Bradesco, o acúmulo de valores aumentou, tornando agência e servidores em alvos de assaltantes. O transporte de valores, por vezes, feito pelos próprios funcionários deixa-os sujeitos à assaltos e seqüestros.
Os trabalhadores aguardam até dia 12 para possíveis propostas por parte da ECT. Neste dia ocorrerá, ao final da tarde, uma nova assembléia entre sindicato e servidores em todo o Brasil. Em Curitiba ela ocorrerá no salão da Igreja Bom Jesus, em frente a Praça Rui Barbosa no centro da cidade, a partir das 19 horas.
A deflagração da greve dependerá desta assembléia, porém tanto trabalhadores quanto empresa já a dão como certa. “Chega de corrupção e indiferença com o trabalhador do baixo escalão, muitos atos injustos foram feitos contra nós, precisamos nos manifestar quanto a isso”, afirmou José Carlos Xavier, 48 anos, ex-funcionário dos Correios, demitido em 1992 durante o governo do presidente Collor.
Os sindicalistas e trabalhadores estão de plantão em frente ao prédio central dos Correios do Paraná em Curitiba. Com faixas, uma barraca, jornais e panfletos. Possuem também uma urna do plebiscito popular pela reintegração da outrora estatal Vale do Rio Doce. Segundo Santino Silva tanto o repudio a corrupção interna da ECT quanto o as reivindicações são legítimos, valendo-se do exemplo de uma criança que quando necessita de algo chora, disse que os trabalhadores demonstram suas necessidades através da greve.


Barraca dos trabalhadores / José Carlos Xavier, ex-funcionário do Correio



N.A.: Fizemos esta reportágem quase que por acaso. Na verdade estavamos indo ao Correio Central para conseguir uma outra matéria sobre o dia-dia do carteiro. Mas como a notícia sempre está lá fora em algum lugar só esperando por um repórter, lá fomos nós. Conversamos com estes trabalhadores por alguns minutos. Quando chegamos em casa percebemos que a imprenssa não havia dado atenção alguma para a luta destas pessoas. Assim vimos que deveriamos mostra esta situação, postamos então a reportágem aqui neste blog, cuja o principal objetivo é levar a verdade, esteja ela escondida ou não, seja agradável ou não. Este será nosso trabalho! E dia 12 aguardem, vem mais notícia por ai. Se lhes foi vetado espaço, aqui encontrarão. Obrigado por acessarem, voltem sempre e viva a verdade e liberdade!

Reportágem: Jadson Tinelli, João Zampier e Rodrigo Pinto

Texto: Jadson Tinelli

Fotografias: Rodrigo Pinto