Cegos na clareza. Luzes sem fim. Clarão sem arestas.
Randy Faris
Lugar cego.
Lugar claro demais.
Lugar nenhum.
Lugar solitário.
Lugar de todos.
Multidão solitária.
Mundo sem definição.
Não pertence a ninguém mais.
Pertence a todo mundo.
Novo, velho, bonito, feio, interessante, fatídico.
Quanto mais rápido.
Mais plural.
Mais mixado, melhor.
Devagar nunca é o caminho.
Crise, crise sem fim.
Ser o pós, sem viver algo de verdade.
Passou.
Se acabou, se acabou, se acabou, se acabou.
A representação não tem mais graça.
A repetição, a ficção tem mais espaço, melhor visibilidade.
Num mundo cego pelas imagens.
Os sons primitivos não são ouvidos.
Embebedados pela iconografia.
Signos ambulantes formam o concreto.
A magia perde espaço. Não mais o subjetivo, sim o racional.
Lugar sem graça.
Lugar nenhum.
Sem definição.
Solitário.
Lugar.
Pertencer.
Lugar cego.* * * * * *
Pouco se vê daqui. Pouco se transita por aqui. Vê-se o suficiente aqui.
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