final round.
Mudar o ar. Ou mudar de ar. Não sei bem como seria descrever isso, nem sei se conseguirei me fazer entender. Mas o fato é que não só a paisagem, mas o ar muda. Não aquela historinha de “mudança de atmosfera” sabe. Não aquela coisa de que “poxa, o ar daqui é diferente do ar da Bolívia, altitude e tudo mais. Não, não tem nada a ver com isso. Tem haver simplesmente com a maneira como você sente o ar entrando. Eu nunca senti tanta saudade da neblina até atravessar o ultimo pedágio na estrada. Serio, foi uma coisa interessante, eu abri as janelas simplesmente para sentir o ar úmido entrando. Foi estranho. O ar realmente muda. Isso é perceptível por todos os sentidos. O gosto é um dos mais misteriosos. Se vê por ai num livro, numa poesia, numa reportagem ou até mesmo em alguém falando num discurso aberto, uma descrição do gosto do ar em determinada situação, em determinada cena. As pessoas conseguem dizer que o ar era agridoce, salgado, insosso ou sei lá, qualquer outra sensação que se pode associar a língua, ou ao que a língua absorve para o sistema nervoso. Eu nunca tinha parado para pensar nisso. Geralmente passava por cima, mas no fundo o ar tem um gosto, e ele muda mesmo. Mas neste caso, eu estava descrevendo uma mudança de ar que é mais generalizada. Falando da mudança de ar junto com o seu deslocamento geográfico. Daí já dava pra fazer outras associações, mas acho que só o lance do “gosto do ar” e da “mudançazinha de ar, rápida (um período curto demais pra dar uma opinião mais completa)”, já me contenta por hoje. (90° post do blog).
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- Ar sujo? Só depois da faixa amarela amigo. Obrigado!
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