Você é uma prisão.
Suas roupas são uma prisão.
As coisas que criamos não são para nós.
Alimentos desta prisão, desta maldita prisão.
Nascemos e morremos, nos muros altos, e nem percebemos mais.
Tudo é tão surreal, as janelas são tão reais.
Você olha, você quer estar lá fora e às vezes você se sente lá fora.
A prisão é forte, ela não vai te deixar sair assim, fácil.
Ela te ilude, mente, engana, te torna egoísta e insincero.
Você ilude, mente, engana, e torna a prisão egoísta e insincera.
Aqui e ali, alguém se rebela, parte para cima das paredes com
infindáveis socos e pontapés.
Ken Kaminesky
Quando suas mãos não tem mais sangue para jorrar e manchar as paredes,
nesta luta sem vencedores, apenas um perdedor,
a cabeça começa a ser lançada diretamente contra o muro.
Ai, já desfigurado, ele deita e morre.
Não saiu da prisão. Nunca vencerá a prisão. Ninguém.
Todos morremos na prisão.
Compramos, vendemos, mostramos, persuadimos.
Tudo pelo ter e não pelo ser. O ser morre ao nascer.
Morre asfixiado com a própria placenta. A mãe mata o ser.
O pai mata o ser. Todos matamos o ser.
Isso tudo, por quê? Porque todos "temos" a prisão.
Nossas roupas são a prisão.
Nós somos a prisão.
A prisão É.
Após um tempo sem novas postagens, cá estamos novamente. Espero não deixar o blog "abandonado" tanto tempo como desta vez.
"O bater de asas de uma borboleta pode causar um furacão do outro lado do mundo" - Teoria do caos.
Um comentário:
o poema que eu gostei!!
beijo, jay!
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