Seguir de cabeça baixa.
O chão parece ter a resposta.
A angustia, o calor, o suor.
O peso nas costas, não é sentimento.
Mas sim literal.
Concreto, direto e incomodo.
A prisão a um mundo sóbrio.
Um único lugar sem julgamento.
Uma única saída para os dias quentes e escaldantes.
O dia nublado é a referência do mal.
Mas o ensolarado, este sim me castiga muito mais.
Seguir de cabeça baixa.
A luz incomoda, ofusca, traz a cegueira.
A penumbra não, ela deixa ver.
Mesmo que apenas um palmo a frente.
Volto meu olhar à penumbra.
Aos poucos ela me traz o que busco.
Vem com suas mãos ensangüentadas,
Com cheiro muito forte... e diz que o fim não é ali, ainda...
“Ande por dentro de mim”, ela diz.
Confiar quando tudo se vê é para covardes.
O objetivo visto com dificuldade é a solução.
Até quando?
Até quando não verei o próximo passo?
Não alcanço mais, estou preso ao Sol.
Não a sua luz, mas sim a sua ausência.
Pois a ausência de luz é a escuridão, e não a penumbra.
Então, com tantas variantes variáveis e intermináveis...
Eu sigo!
Você segue...
Sempre de cabeça baixa.
O chão é a resposta.
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